Projetos

PELD – REDE: Restauração ecológica na Mata Atlântica: diversidade, estrutura e funcionamento dos ecossistemas

O projeto compreende monitoramento de indicadores de  diferentes grupos de espécies (plantas lenhosas, mamíferos, aves, abelhas e fauna do solo), estrutura da vegetação (biomassa e carbono) e processos ecológicos (fenologia, dispersão de sementes, polinização, ciclagem de nutrientes e ecofisiologia) em parcelas permanentes instaladas em projetos de restauração com idades variando entre 5 e 30 anos. Os resultados do projeto irão permitir a construção de um banco de dados com métricas de diversidade, atributos funcionais, estrutura da vegetação e funcionamento dos ecossistemas. Acreditamos que o PELD-REDE irá contribuir de forma significativa para o aumento do conhecimento científico da ecologia da restauração, fomentar a divulgação científica e orientar novas ações de restauração ecológica a partir dos resultados do projeto.

Instituições: UFRRJ, Embrapa, UENF, UFF, PUC-Rio, ICMBio e AMLD.

Financiamento: CNPq

Efeitos do fogo e de sua supressão sobre a estrutura, a composição e a biodiversidade do ecossistema no gradiente fisionômico do Cerrado na Estação Ecológica de Santa Bárbara 

A existência dos ecossistemas savânicos em todo o mundo é condicionada pelas condições climáticas, associadas a peculiaridades edáficas e, invariavelmente, à passagem periódica do fogo. O fogo é um fator ecológico que mantém diversidade de espécies e fisionomias que formam o gradiente da vegetação savânica em todo o mundo. Com a supressão total do fogo, a vegetação savânica vem passando por grandes transformações em estrutura e composição e, consequentemente, na fauna, em diferentes regiões do planeta, especialmente nas interfaces da transição savana-floresta. O Cerrado brasileiro tem sido cenário das mesmas transformações, mas os processos ecológicos associados com a supressão total do fogo ou com o seu manejo são muito pouco compreendidos, o que dificulta consideravelmente as decisões de manejo. O objetivo geral da pesquisa aqui proposta é elucidar os processos de manutenção e perda de diversidade mediante diferentes regimes de queima ou supressão total do fogo no gradiente fisionômico do Cerrado.

Instituições: Instituto de Pesquisas Ambientais – SP, Universidade da Carolina do Norte, UNESP, UFU e UFRRJ.

Financiamento: FAPESP 

* Projeto coordenado por outras instituição e com a participação do LEAp

Carbono no solo em áreas em processo de restauração ecológica na Mata Atlântica: Indicador ecossistêmico para mitigação das mudanças climáticas 

Esse projeto busca avaliar os estoques de carbono no solo, sua origem (13C), a contribuição da serapilheira aportada, e os organismos envolvidos no processo de decomposição (fauna edáfica e atividade enzimática) e serapilheira durante o processo de restauração, através do estudo de áreas com diferentes idades e um ecossistema de referência (floresta secundária). Por meio do conjunto de atributos avaliados, pretende-se compreender os processos de acumulação de carbono no solo. Os resultados visam subsidiar políticas públicas e estratégias de restauração ecológica, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas e a geração de créditos de carbono.

Instituições: UFRRJ

Financiamento: FAPERJ

O uso de veículos aéreos não-tripulados (VANT) no monitoramento de áreas em processo de restauração ecológica na Mata Atlântica

O objetivo geral deste projeto é utilizar imagens multiespectrais obtidas por sensoriamento remoto suborbital no monitoramento de áreas em processo de restauração ecológica na Mata Atlântica. Os modelos estatísticos produzidos neste projeto poderão servir como base para o monitoramento da restauração ecológica na Mata Atlântica, viabilizando um diagnóstico satisfatório do funcionamento do ecossistema por meio de medições rápidas e com menor custo que os métodos tradicionais. Desta forma, este trabalho pode contribuir significativamente no desenvolvimento de ferramentas para o monitoramento em larga escala de iniciativas de restauração ecológica na Mata Atlântica.

Instituições: UFRRJ 

Financiamento: FAPERJ 

Como as incertezas na trajetória de sucessão podem afetar os estoques de carbono na Mata Atlântica brasileira?

A forma mais eficiente de acelerar a fixação do dióxido de carbono (CO2) atmosférico é por meio do plantio de árvores usando técnicas de restauração ativa (reflorestamento com espécies nativas). Apesar da eficiência do reflorestamento na remoção de CO2 atmosférico e de seu reconhecido papel na mitigação das mudanças climáticas, florestas em processo de restauração estão sujeitas tanto a sucessos quanto a falhas. A trajetória sucessional depende de fatores ambientais, seleção apropriada de espécies, contexto da paisagem, tipo de solo e idade. A imprevisibilidade nas trajetórias sucessionais pode ser alta, levando a incertezas quanto à prometida longevidade dos estoques de carbono em projetos de restauração. Este projeto tem como objetivo identificar, em escalas locais e regionais, como padrões gerais de composição e dominância funcional em florestas tanto secas quanto úmidas na Mata Atlântica (RJ, SP e PR) podem gerar incertezas na residência de estoques de carbono durante o reflorestamento.

Instituições: UFRRJ; UEL

Financiamento: Instituto Serrapilheira / FAPERJ 

Ecologia e Manejo de Plantas Invasoras no Estado do Rio de Janeiro

O principal objetivo deste projeto é recomendar formas de manejo de espécies invasoras de acordo com as especificidades locais, considerando a espécie-alvo e o ambiente em questão. Para isso, o projeto integra academia e órgãos gestores, cuja atuação conjunta é fundamental para viabilizar a Restauração Ecológica e o restabelecimento da biota nativa. Desta forma, os dados gerados pelo projeto preencherão lacunas críticas existentes no conhecimento sobre o manejo de espécies invasoras no Estado do Rio de Janeiro e tem potencial para ser replicado em todo o território nacional futuramente. Ressalta-se, ainda, a inclusão da ciência cidadã neste projeto, uma vez que os cidadãos poderão colaborar com a geração de dados de alto valor científico para mapeamento e identificação de espécies exóticas nas diferentes regiões do Estado.

Instituições: UFRRJ 

Financiamento: FAPERJ